Para finalizar a época 2016/2017 fui á batida às raposas do meu clube de caça, Clube de Caçadores de Alvados.
- Batida às raposas?
- Mas as raposas caçam-se? Não estão em extinção?
De repente, mais uma espécie a necessitar de apoio e lá para os lados da grande Lisboa dedicados movimentos e grupos de apoio à mesma, com petições publicas e tudo, foram criados.
Não gosto de extremistas, nem do discurso "se eu mandasse".
Pessoalmente e passe a imodéstia, tenho a capacidade de ter uma visão mais alargada e desprendida de extremismos, possivelmente fruto de uma vivência onde diversos mundos" se cruzam.
Sou caçador e serei sempre, quer com arma, quer com máquina fotográfica. Estou sempre a caçar, mesmo que não tenha nenhuma delas. Sim, sem arma ou máquina fotográfica também caço!
Consigo estar em duas situações porque respeito a lei e respeito os animais.
Quando caço com arma faço-o respeitando a lei e conhecedor das suas limitações enquanto espécie. Sabendo que em alguns dias poderei ganhar-lhes e noutros não, daí a expressão "um dia é da caça outro do caçador". Não me importo com o resultado final, simplesmente porque gosto de caçar.
Quando caço com a máquina fotográfica procuro sempre ganhar, neste caso conseguir um bom retrato! E mesmo podendo usar meios não legais em termos cinegéticos nem sempre consigo "caçar" o melhor retrato.
E, então porque não caço apenas com a máquina?
Simplesmente porque gosto, gosto de armas, gosto do tiro, não sei explicar, sente-se! Do mesmo modo existem outros que gostam de correr, andar de bicicleta, praticar isto ou aquilo. Fazem-no porque gostam, dá-lhes prazer.
Tudo isto porquê?
Porque fui a uma batida às raposas e parece que sou um criminoso. Sim, fui às raposas como vou às perdizes, coelhos, tordos, javalis e outras espécies cinegéticas, fui e cacei uma.
Fui e continuarei a ir.
Irei e continuarei a gostar dos animais e sempre que puder a retrata-los, gosto de retrata-los, gosto dos caçar, com ou sem arma.
Agora, caça com arma só em Agosto, até lá a canon acompanhar-me-à.