Ao Rei do Bando, que pela prosa de Miguel Torga, no livro "Bichos", tão bem descreveu através do velho perdigueiro "Nero".
(...) Era um patriarca manhoso, de esporões em rosário pelas pernas acima, que há anos lhe moía a paciência. Três vezes - em épocas sucessivas - o pusera a tiro ao patrão, sem valer de nada. O Velhaco abria asas, deixava o chumbo passar, e, sem ninguém mais a afligi-lo, ficava à larga, a criar unto. (...)
Miguel Torga
"Bichos"
Quanto a mim, esta época já teve o seu ponto alto.
Para memória futura, fica aqui uma das penas do perdigão.
João Carlos Pereira